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Obesidade é doença mas pode ser evitada

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NACIONAL – Os brasileiros estão precisando melhorar seus costumes e manias para hábitos de vida mais saudáveis. Isso porque o excesso de peso e as doenças desencadeadas pela obesidade estão na maior parte da população adulta do país. De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2018, 55% dos maiores com 18 anos nas capitais do país estão com excesso de peso e 19% estão obesas. A nutricionista Mariana Melendez, faz parte do Conselho Regional de Nutrição do Distrito Federal e é nutricionista do Hospital Regional da Asa Norte em Brasília. De acordo com a especialista, a obesidade precisa ser levada mais a sério como doença.

“Muita gente acha que a obesidade é só uma condição, é um comportamento e, na verdade, já há 40 anos, ela já está inclusive inserida no Código Internacional de Doenças. Então, obesidade é uma doença e existem várias causas que chegam à obesidade, e muito complexa. A obesidade em si, às vezes não mata, e sim todas as doenças que estão associadas a ela. Quanto mais grave, pior o desenvolvimento dessas doenças associadas e o risco que o paciente tem, então, cardiovascular e risco de morte mesmo”.

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), feita em 2013, indica que dentre os adultos com diabetes, 75% têm excesso de peso e, entre os adultos com hipertensão, 74% têm excesso de peso. Por isso, é importante ter hábitos saudáveis de alimentação para manter o peso adequado e doenças que podem ser prevenidas, afirma nutricionista Mariana Melendez.

“O principal fator é o ambiente em que a pessoa vive. A gente até chama de ambiente obesogênico e é o que? Tudo, na verdade, ajuda o paciente a não emagrecer. Então, por exemplo, ele não precisa mais andar muitas distâncias porque agora a gente tem carro; não precisa mais nem fazer força para levantar e trocar o canal da TV porque a gente tem que controle remoto. Então essa automação da vida, o estresse e o volume de trabalho fazem com que a gente fique cada vez mais parado, gaste menos energia e consuma mais alimentos que são muito calóricos”.

No Sistema Único de Saúde (SUS) a população encontra suporte profissional necessário para orientações nutricionais de prevenção, controle do ganho de peso e manutenção do peso adequado. Nos postos de saúde, as pessoas com maior possibilidade a desenvolver obesidade são identificadas e monitoradas para prevenção precoce. A nutricionista Mariana Melendez explica que o combate à obesidade precisa ser constante.

“A obesidade é uma doença que requer tratamento para o resto da vida! O paciente não tem cura, não tem alta. E aí o tratamento é feito conforme a gravidade da doença. Quando a obesidade for um pouco mais leve, o tratamento muitas vezes é só a mudança no estilo de vida, que é melhorar a qualidade da alimentação, fazer atividade física. Se é um pouco mais agravado, precisa utilizar o medicamento também”.

Para quem se interessou em melhorar hábitos de alimentação para ter mais saúde, o Guia Alimentar para a População Brasileira e o Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos, estão atualizados no site do Ministério da Saúde e contém todas as informações para estimular e orientar as pessoas a terem uma alimentação adequada e mais saudável. Além disso, para aumentar o hábito da prática de atividade física e reduzir as doenças relacionadas ao comportamento sedentário entre os brasileiros, o Ministério da Saúde lançou, em 2011, o Programa Academia da Saúde, que desenvolve ações focadas na prática de atividade física e na promoção da alimentação saudável. Atualmente, o programa está em 2.235 municípios por todo o país.

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