APEOESP
A luta contra o PL 529 não acabou
Quatro empresas e verbas das universidades e pesquisa foram preservadas graças à mobilização
Nesta quarta-feira, 14/10, a Alesp completou o processo de votação do PL 529, aprovando destaque que retirou da extinção o Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP), a Fundação Oncocentro, o Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (IMESC) e a Fundação para o Remédio Popular (FURP). Retirou também o confisco de verbas das universidades e da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
Resultado da mobilização
A mobilização do funcionalismo público, na qual a APEOESP teve papel destacado, e dos movimentos sociais, aliada ao trabalho parlamentar, impediu, durante pelo menos três semanas, a aprovação deste projeto. Lutamos pela rejeição total ou retirada do PL 529. Foi essa resistência que criou a necessidade para o governo Doria de recuar em alguns pontos para conseguir o número mínimo de votos para a aprovação deste projeto que desmonta serviços públicos fundamentais para a população paulista.
O PL também aumenta o valor das contribuições dos servidores para o IAMSPE, penalizando os mais idosos.
Apesar das negociações feitas na calada da noite, sem o conhecimento dos demais parlamentares, a não extinção das quatro instituições acima citadas não pode ser reivindicada como conquista pessoal de nenhum deputado ou deputada. É produto da luta, e a luta é coletiva.
Ações judiciais e CPI
Toda a tramitação deste projeto foi marcada por irregularidades. Desde a nomeação de relator especial para evitar qualquer debate, a não convocação de audiência pública, a convocação de sessões extras sem prévio aviso até denúncias de pressões e compra de votos envolvendo promessa de liberação de verbas em emendas parlamentares.
Por isso, a liderança da minoria, tendo à frente a deputada Professora Bebel, Presidenta da APEOESP, e as lideranças de oposição, como PT, PSOL e PCdoB, assim como outros partidos que votaram contra o projeto irão protocolar um pedido de CPI para investigar essas denúncias. Além disso, diversos parlamentares e partidos estão ingressando com representações e ações judiciais para questionar as inconstitucionalidades do projeto aprovado
Fonte: APEOESP (Informa Urgente 119)