Sem cortar gastos supérfluos e de emendas parlamentares pouco transparentes no Orçamento, o governo pretende turbinar a economia com uma nova rodada de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) depois do carnaval em torno de R$ 30 bilhões. Os estudos preliminares da equipe econômica preveem a liberação de até R$ 1 mil por trabalhador com saldo disponível na conta. A expectativa é que a medida atinja 40 milhões de pessoas.
A proposta foi antecipada pelo ministro da economia, Paulo Guedes, na última terça-feira, ao dizer que as pessoas com dinheiro parado no FGTS, rendendo apenas 3% ao ano, poderiam quitar dívidas com juros bem mais elevados. O endividamento das famílias é recorde, comprometendo mais da metade da renda disponível. Para autorizar o novo saque, a equipe econômica deverá editar uma medida provisória (MP), que passa a ter validade imediata, mas precisa ser aprovada pelo Congresso.
A Caixa Econômica Federal, que administra o FGTS, será a responsável por efetuar o pagamento dentro de um cronograma, de acordo com o mês de nascimento dos trabalhadores.
Os saques emergenciais não são novidade e ocorrem desde 2017. Em 2020, por exemplo, quando o governo Jair Bolsonaro (PL) publicou a MP do saque emergencial como forma de estimular a economia durante a pandemia, o governo permitiu saque de até R$ 1.045 por trabalhador.
Fonte: Diário de Pernambuco