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Polícia investiga se houve negligência médica em caso de idosa que morreu após ser liberada com suspeita de fratura em Marília

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A Polícia Civil de Marília (SP) investiga as causas da morte de uma mulher de 83 anos que foi liberada supostamente com uma fratura no quadril após ter recebido atendimento médico no Pronto Atendimento (PA) da zona Sul. O óbito foi constatado no 14 de abril, mas o registro policial só foi feito nesta terça-feira (16).
De acordo com o Boletim de Ocorrência, a vítima, identificada como Dirce Arriero de Melo, sofreu uma queda dentro de casa, no dia 3 de abril, e recebeu atendimento médico no PA da zona Sul. No local, a idosa passou por uma radiografia e, segundo o registro policial, o exame não constatou fratura. Após ser medicada, ela foi liberada.
Três dias depois do incidente, a vítima ainda sentia dores e retornou ao local, mas, segundo a denúncia que consta no BO, a médica a dispensou sem realizar o atendimento, alegando que o exame de Raio-X feito anteriormente não apresentou fratura e que a idosa já estava medicada.
A vítima, acompanhada da filha, procurou Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da zona norte, onde foi realizado novo exame de Raio-X. Desta vez, foram constatadas fraturas no quadril.
Diante da gravidade, o médico encaminhou a paciente para internação na Santa Casa, onde a vítima passou por um procedimento cirúrgico, mas morreu dois dias depois da cirurgia em virtude de uma infecção generalizada.
A filha da vítima registrou o Boletim de Ocorrência alegando que a causa da morte teria sido por causa da fratura não identificada. O caso foi registrado como homicídio culposo, quando não há intenção, por suposta falha profissional.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Marília informou que o atendimento que envolve o Município, relacionado aos serviços ofertados pelo convênio com a Associação Beneficente Hospital da Unimar (ABHU) no Pronto-Atendimento (PA) Sul e Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Norte, foi prestado integralmente, com realização de Raio-X e devido encaminhamento.
Sobre a evolução infecciosa e desdobramento do quadro clínico, a Secretaria Municipal de Saúde afirma que o hospital citado, a Santa Casa de Marília, onde a paciente, infelizmente, evoluiu a óbito, deveria ser questionado.
Fonte: G1
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