Sete pessoas foram presas na madrugada desta terça-feira (3) em uma operação da Polícia Civil, por meio do Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold), no inquérito que investiga suspeita de desvios milionários na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) em Bauru.
O inquérito foi aberto em paralelo à investigação do desaparecimento e suposto assassinato da secretária executiva da entidade, Cláudia Lobo, em agosto deste ano. Foram expedidos 9 mandados de prisão e 7 pessoas, entre funcionários da Apae e familiares de Cláudia, foram presos.
Um dos mandados foi expedido contra o ex-presidente da entidade, Roberto Franceschetti Filho, que está preso desde o dia 15 de agosto, suspeito de ter matado a secretária executiva. Também foram presos a filha, a irmã, o cunhado e o ex-marido de Cláudia Lobo, pai da filha dela.
Um empresário para o qual foi também foi emitido um mandado de prisão não foi encontrado. Segundo sua defesa, ele deverá se entregar à polícia nesta quarta-feira (4).
Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em 18 endereços. Os presos são investigados pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Todos foram presos temporariamente por cinco dias.
“A investigação nossa busca apurar desvios de recursos na Apae, então o crime considerando que os recursos são em sua maioria de origem pública envolve os crimes de peculato, associação e organização criminosa e lavagem de dinheiro. E são cifras milionárias desviadas, infelizmente”, afirma o delegado Glaucio Stocco.
Ainda de acordo com o delegado responsável pelas investigações foram apreendidos aparelhos celulares, computadores e outros eletrônicos com o objetivo de obter mais informações sobre os supostos desvios, mas também foi pedido à Justiça os bloqueios de bens dos envolvidos.
Além disso também foram apreendidos veículos, joias e dinheiro dos investigados. Também foram apreendidas armas com um ex-policial, que fazia serviços de segurança para Apae, que não tinham registro.
Em nota, a Apae Bauru informou que a perícia contábil e financeira segue em andamento na entidade e, assim como as investigações, seguem em segredo de Justiça. A perícia está investigando o período referente a gestão do Roberto Franceschetti Filho, que compreende os anos de 2022 a 2024.
A instituição destaca ainda que colabora e confia no trabalho da Polícia Civil. Ressaltou ainda que a Apae Bauru segue prestando o serviço aos seus usuários nas áreas de Assistência Social, Educação e Saúde.
Fonte: G1 – Bauru e Marília