APEOESP
A greve em defesa da vida continua! aprendizagem se recupera. Vidas não.
Movimento será unificado com outros sindicatos em greve
Rossieli fracassou em impor a volta às aulas presenciais. Pais e mães não enviam seus filhos às escolas
Vamos ampliar mobilização para fortalecer movimento para defender a vida
A continuidade da greve sanitária em defesa da vida, contra as aulas presenciais foi decidida em assembleia estadual regionalizada (virtual) dos professores na sexta-feira, 12 de fevereiro. A assembleia decidiu ainda por uma ampla mobilização de ida dos professores às escolas na semana de 15 a 19 de fevereiro para dialogar com os colegas, com os estudantes, com os pais, com os funcionários. O objetivo é fortalecer e ampliar o movimento, que conta com apoio da população.
Unificação com sindicatos em greve e nova assembleia dia 19 de fevereiro
Os professores decidiram também pela unificação do movimento com os sindicatos que já estão em greve, com a realização de atividades unificadas (como um ato simbólico na Praça da República em frente à SEDUC e ato no Palácio dos Bandeirantes) e convite para que participem na próxima assembleia, no dia 19 de fevereiro, das 10 às 13 horas. Também buscaremos o apoio das centrais sindicais, instituições e movimentos sociais para o movimento.
Criar comitês de fiscalização e vigilância
As subsedes formarão comitês de fiscalização e vigilância nas regiões, por grupos de escolas, reunindo professores, pais/ mães, estudantes, funcionários e outros segmentos para fiscalizar e denunciar as condições de segurança sanitária nas unidades escolares. As subsedes devem informar até o dia 18/2 a formação dos comitês nas regiões e encaminhar as denúncias para presiden@ apeoesp.org.br , além de denúncias nas mídias locais e Ministério Público, conforme o caso.
As subsedes devem exigir das Diretorias de Ensino o fechamento das escolas que apresentarem casos de Covid-19, com denúncia ao Ministério Público para que o governo seja obrigado a tomar essa providência.
Os casos de Covid-19 informados ao Sindicato podem ser encontrados em http://www.apeoesp.org.br/publicacoes/educacao/ casos-de-contaminacao-pelo-covid-19-na-rede-estadual-de-ensino/. No momento do fechamento deste boletim registrávamos 319 casos de contaminação em 179 escolas.
O fracasso de Rossieli
O secretário da Educação, Rossieli Soares, fracassou em seu plano de impor a volta às aulas presenciais. Pais e mães não estão enviando seus filhos às escolas, porque não tem segurança de que a saúde e a vidas deles estarão protegidas. E tem toda a razão para este temor.
Além dos conhecidos problemas estruturais das escolas estaduais (fartamente ilustrados no portal da APEOESP na Internet – http://www. apeoesp.org.br/publicacoes/educacao/denuncie-as-condicoes-precariasde-sua-escola/), epidemiologistas tem alertado para a gravidade do quadro provocado pela nova variante do novo coronavírus que vem se espalhando pelo país, com maior capacidade de contágio e que provoca o adoecimento de grande número de pessoas jovens. Também está demonstrado que a Covid-19 pode deixar graves sequelas, inclusive cognitivas, até mesmo nos casos de a doença assumir uma forma branda.
SEDUC orienta diretores a juntar turmas, por falta de professores nas escolas
O secretário estadual da Educação, no afã de tentar ludibriar a população, declara que as escolas estaduais são locais seguros contra a Covid-19, que os protocolos sanitários vêm sendo cumpridos e que as aulas presenciais vêm se desenvolvendo regularmente. Isto não é verdade. Em primeiro lugar, a SEDUC está escondendo os números do
contágio pelo novo coronavírus nas escolas. A gestão escolar está sendo orientada a não divulgar esses números. Levantamento realizado pela APEOESP indica a existência de 310 casos num universo de apenas 177 escolas. A rede estadual de ensino possui mais de 5 mil unidades escolares.
Veja relação em: http://www.apeoesp.org.br/publicacoes/ educacao/casos-de-contaminacao-pelo-covid-19-na-rede-estadualde-ensino/.
As direções das escolas também são orientadas pela SEDUC a agrupar estudantes de diferentes turmas, tendo em vista a falta de professores nas unidades, em parte pela greve e em parte pelo grande número de docentes que pertence ao grupo de risco, por idade ou comorbidades. Onde está o alardeado compromisso do secretário com a qualidade da educação? Trata-se de medida temerária, considerando as condições estruturais e de ventilação nas salas de aula das escolas estaduais. Por isso vamos ao Ministério Público contra essa medida.
O secretário sequer garantiu merenda para os estudantes como havia prometido, mas apenas bolachas secas. Em muitas regiões, há denúncias de que mães têm sido chamadas pelas escolas para trabalharem no lugar das merendeiras, uma flagrante ilegalidade que denunciaremos ao Ministério Público.
O secretário da Educação adotou esse procedimento para fazer de conta que há aulas nas escolas estaduais. Além de adotar uma política irresponsável de volta às aulas presenciais em pleno agravamento da pandemia, utiliza um falso estratagema para enganar a sociedade. Por isso o secretário quer impedir o Sindicato de visitar as escolas, uma medida inconstitucional, contra a qual já estamos nos movimentando.
Vacinação já!
Reafirmamos: o retorno às aulas presenciais somente será possível com a vacinação dos profissionais da educação na primeira etapa e com todas as condições de segurança sanitária nas escolas
Veja o calendário e as atividades do nosso movimento
¡ Continuidade da nossa greve sanitária pela vida.
¡ Semana de 15 a 19/2 – mobilização de ida às escolas para dialogar com professores, estudantes, pais/mães e funcionários para fortalecer e ampliar o movimento.
¡ Unidade com os demais sindicatos da educação que estão em greve e buscar apoio das centrais.
¡ Formar comitês de fiscalização e vigilância nas regiões e por grupos de escolas, reunindo professores, pais/mães, estudantes, funcionários e outros segmentos para fiscalizar e denunciar as condições de segurança sanitária nas unidades escolares.
¡ 18/2 – Realizar assembleias regionais nas subsedes.
¡ 19/2 – 10 às 13 horas -Realizar nova assembleia – convidar as entidades em greve.
¡ Realizar ato simbólico unificado na SEDUC com sindicatos já em greve.
¡ Realizar ato no Palácio dos Bandeirantes.
¡ Colocar carros de som nas estações do metrô e de trens mais movimentadas da capital.
¡ Continuar com o carro de som nos bairros na Capital, Grande São Paulo e Interior, no âmbito de todas as subsedes.
¡ Colocar faixas nas proximidades das escolas e cartazes em estabelecimentos que apoiem nosso movimento em defesa da pela vida.
¡ Exigir o fechamento das escolas devido ao avanço da Covid-19 na rede estadual de ensino.
¡ Continuar o diálogo com prefeitos e secretários municipais de educação e saúde para editarem decretos proibindo o funcionamento das escolas estaduais. Nos próximos dias a Alesp poderá decretar estado de calamidade em 644 Municípios do estado de São Paulo.
¡ Continuar ocupando espaços nas Câmaras Municipais.
¡ Continuar ocupando espaços nas mídias locais.
Fora bolsonaro, em defesa da vida, dos serviços públicos, dos trabalhadores e da população.
A APEOESP reafirma sua luta contra o governo genocida de Jair Bolsonaro e contra as políticas implementadas pelo governo Doria no estado de São Paulo. Ambos atacam os serviços públicos, o financiamento das políticas públicas, dos direitos dos servidores e da população.
Bolsonaro é parte ativa no avanço da pandemia. Não investe na prevenção e na vacinação da população. Ao contrário, desde o início adota uma irresponsável política negacionista e genocida, ao mesmo tempo em que nega aos trabalhadores e à população mais pobre o auxílio emergencial. Também não promove nenhuma medida para gerar emprego e renda.
Pelo fortalecimento do SUS e revogação da EC 95
Reafirmamos nossa luta pela revogação da emenda constitucional 95 (que congelou os investimentos públicos por 20 anos), pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde, contra a reforma administrativa e contra os planos de privatização das empresas estatais e do patrimônio público.
Fora Bolsonaro/Mourão
Frente a esse quadro renovamos nosso compromisso com os movimentos pelo impeachment de Bolsonaro/Mourão e contra a política econômica de Paulo Guedes, para que o Brasil possa retomar o caminho da democracia e da justiça social.
A luta contra as políticas excludentes de Doria continua
Em São Paulo, intensificaremos nossa luta contra o confisco nos salários dos aposentados e pensionistas promovido pelo governo Doria, assim como os cortes no financiamento da ciência e tecnologia e da saúde, com a tentativa de fechamento de hospitais, pronto socorros e setores dos hospitais públicos, além da redução do financiamento para Santas Casas e hospitais filantrópicos.
Enquanto faz marketing político em torno da vacina contra a Covid-19, Doria é o mandante do retorno às aulas presenciais, que coloca em risco a vida de professores, funcionários, estudantes e suas famílias.
Contra as políticas de Doria, lutamos contra o autoritarismo, o assédio moral, o arrocho salarial, o corte direitos, priorizando neste momento a luta em defesa da vida.
Fonte: APEOESP (Informa Urgente 029/2021)