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Adamantina: Sincomercio promove reunião entre ACE e Câmara para a reativação do comércio

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ADAMANTINA – Forçados a fecharem as portas depois do decreto assinado pelo prefeito de Adamantina, Márcio Cardim, que ordenou a suspensão do funcionamento do comércio por 15 dias, a contar do último domingo (22), em razão do novo coronavírus, comerciantes cobram a retomada do atendimento a partir da próxima semana.

A solicitação, que será oficializada nas próximas horas à Prefeitura, foi feita para Câmara Municipal pelo Sincomercio Nova Alta Paulista (Sindicato Patronal do Comércio Varejista) e ACE (Associação Comercial de Adamantina) nesta quinta-feira (26).

“Desesperados”, pontua Sérgio Vanderlei, presidente do Sincomercio, ao relatar a situação dos empresários locais, que ligam chorando para pedir ajuda. “Eles não têm dinheiro para pagar os salários no dia 5, não tem fluxo de caixa para fazer o pagamento dos salários. Estão perdidos”, diz.

Segundo o sindicalista, o custo da paralização dos serviços será alto, e as autoridades precisam ter um olhar voltando também para economia. “Se foi correto fechar ou não, só o tempo irá dizer. Não estamos sendo contra as recomendações, as atitudes dos prefeitos, mas precisamos encontrar uma saída para as empresas, se não haverá fechamentos, demissão em massa. Isso é certeza”.

Já o presidente da ACE de Adamantina, Luis Sgobbi, ressalta os impactos da paralização para economia de Adamantina. “Os grandes magazines fazem hoje campanhas na televisão com isenção de frete. As pessoas localmente estão comprando de fora do município, e as lojas entregam em nossa cidade. E nós, comerciantes locais, que somos a massa, que geram a maioria dos empregos, que fazem a roda girar, somos proibidos de exercer nossas atividades”, diz.

“A grande maioria das cidades da região flexibiliza a entrega de mercadorias. Não que Adamantina esteja errada, mas está sendo rígida nesta questão”, completa.

Entre os pedidos estão a flexibilização, a partir de segunda-feira (30), dos serviços de delivery e, na semana seguinte, o funcionamento completo do comércio, sem prorrogação do decreto municipal.

“A união se faz necessária neste momento, mas a nossa preocupação, enquanto representantes do comércio, são em relação a questão econômica e até de saúde, como depressão e outros problemas que podem surgir como efeitos das consequências deste momento”.

O ofício com os pedidos foi entregue ao presidente da Câmara, Eder Ruete, e aos vereadores Acácio Rocha, Alcio Ikeda e Paulo Cervelheira, que ressaltaram a importância de se buscar um equilíbrio.

“Todos somos conscientes sobre a responsabilidade de ações para manter a saúde da população, em conter o coronavírus, mas, em contrapartida, tem que haver uma flexibilização, todos precisam trabalhar”, diz Cervelheira.

PEDIDOS AO PREFEITO

Neste momento de incertezas devido a pandemia do coronavírus, além de ações para conter a propagação da doença e preservação da vida são necessários estímulos para manter a atividade econômica.

Os governos estadual e federal já vêm sinalizando diversas medidas de apoio ao empresariado, que devem ser estendidas ao âmbito municipal.

O Sincomercio Nova Alta Paulista encaminhou também ofício a Prefeitura de Adamantina solicitando medidas emergências para se evitar o fechamento de empresas da cidade, o que consequentemente ocorreria a demissão em massa de funcionários. O pedido foi entregue na segunda-feira (23).

No documento, o Sindicato solicita a prorrogação dos seguintes pagamentos: IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), ISS (Imposto Sobre Serviços), parcelamentos ativos de Dívidas Tributárias, Taxa de Licença, parcelamento em cursos, IPBI (Impostos de Transmissão de Bens Imóveis) e Cobranças Judiciais.“Pedimos a suspenção dos pagamentos imediatamente e que tenha duração dos próximos seis meses, afim de preservar o empresariado local”, consta no pedido.

A solicitação será estendida para todos os municípios pertencentes a base do Sincomercio Nova Alta Paulista (Adamantina até Dracena).

Grupo Impacto

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