Ligue-se a nós

Destaque

Apae demite funcionário suspeito de estar envolvido no desaparecimento de secretária executiva da entidade

Publicado

no

BAURU – A Apae de Bauru (SP) informou, em nota divulgada nesta quarta-feira (28), que o funcionário do almoxarifado Dilomar Batista, envolvido no desaparecimento da secretária executiva Claudia Lobo, foi imediatamente demitido após a Coletiva de Imprensa realizada pela Polícia Civil nesta segunda (26).

Dilomar foi ouvido pela polícia na última sexta (28) e confessou que ajudou a queimar o corpo de Claudia sob ameaça de Roberto Franceschetti, o então presidente da instituição e o principal suspeito do assassinato da secretária.
Em coletiva de imprensa realizada no dia 22 de agosto, a presidente interina da Apae, Maria Amélia Moura Pini Ferro, confirmou que o funcionário tinha sido afastado assim que a entidade tomou conhecimento das investigações sobre ele e que Roberto Franceschetti também já não fazia mais parte do corpo diretivo da entidade.
Ainda segundo a instituição, Dilomar foi funcionário do dono da área onde teriam sido feito descartes de documentos da entidade no dia do desaparecimento de Cláudia e tinha um acordo com o proprietário para descarte de materiais na área.
“A Diretoria informa ainda que esta, como outras ações necessárias à administração deste momento crítico, serão advindas conforme avançam o conhecimento e constatação de autoria e materialidade, levantadas, tanto na sindicância interna, como nos autos de investigação da autoridade policial, com profissionalismo e ética, evitando a tomada de decisões no campo da especulação”, completa a nota.
Defesa de Roberto nega envolvimento
Durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (27) em Bauru, a defesa do então presidente da Apae suspeito de envolvimento no desaparecimento da funcionária Cláudia Regina da Rocha Lobo, afirmou que Roberto Franceschetti é inocente e não cometeu nenhum crime.
As alegações da defesa vão contra os indícios apresentados pela Polícia Civil durante coletiva na segunda-feira (26), que confirmou o assassinato da funcionária pelo então presidente.
A defesa se posicionou contra a afirmação de que Roberto teria confessado, seja de maneira formal ou informal, o assassinato de Claudia Lobo. Além disso, o advogado Leandro Pistelli afirma que a rota apresentada pela Polícia Civil, baseada na movimentação do sinal de celular captada por torres, não é precisa para confirmar a posição do suspeito no local de descarte, onde fragmentos de ossos foram encontrados – que ainda seguem em análise para confirmação do DNA.
O caminho apresentado pelo advogado, baseado no depoimento do então presidente, é de que Claudia Lobo teria se encontrado com Roberto Franceschetti na avenida Nuno de Assis, que o suspeito entrou no carro com a funcionária para seguirem até o local em que eles realizam a troca de assentos no carro (registrado por câmeras de segurança) e, de lá, foram até o bairro Mary Dota para Claudia realizar um pagamento a um familiar que precisava dinheiro.
Depois disso, Leandro Pistelli afirma que Roberto e Claudia voltam até a avenida Nuno de Assis e eles seguem caminhos diferentes: o suspeito volta a dirigir seu carro, segue para um posto de gasolina e vai até a Apae para uma reunião com um funcionário.
O advogado afirma que supostas imagens de câmera de segurança que confirmariam o caminho dito por Roberto ainda serão solicitadas formalmente aos locais onde ele teria passado.
“Para nós, da defesa, pelo o que nós apuramos e pelo o que tivemos acesso, é impossível apontar que foi ele que matou a Claudia e que a morte se deu dentro do veículo, até porque, no laudo que foi feito no veículo, a quantidade de sangue encontrada é em pequena quantidade e não há perfuração de arma de fogo em nenhum lugar do veículo”, afirma.
A defesa de Roberto também entrou, nesta quarta (28), com um pedido de revogação da prisão preventiva do então presidente da Apae e aguardam o parecer da Justiça.
Os próximos passos da defesa será, em momento oportuno, entrar com uma investigação defensiva com um terceiro perito. Além disso, a defesa alega que é um caso de desaparecimento e não homicídio, pois as provas apresentadas pela perícia ainda não confirmam que a ossada encontrada é da Claudia.
Fonte: G1 – Bauru e Marília
Continuar Lendo
Publicidade
Clique para comentar

DEIXAR UM COMENTÁRIO

Política de moderação de comentários: A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro ou o jornalista responsável por blogs e/ou sites e portais de notícias, inclusive quanto a comentários. Portanto, o jornalista responsável por este Portal de Notícias reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal e/ou familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.