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APEOESP exige apuração de responsabilidades por câmeras em banheiros de escola estadual
Meios de comunicação noticiaram, na noite de segunda-feira, 27 de junho, que alunos da Escola Estadual Oswaldo Cruz, na Mooca, Zona Leste de São Paulo, descobriram câmeras de vigilância escondidas em banheiros masculino e feminino destinados aos estudantes da unidade escolar.
Imagens produzidas por uma dessas câmeras foram utilizadas pela direção da escola para incriminar um aluno por suposto uso de maconha no banheiro.
Nada justifica a instalação dessas câmeras, mas casos como esse ocorrem pelo completo abandono das escolas pelo governo estadual. Faltam funcionários para monitorar o que ocorre dentro das unidades, faltam professores mediadores para dialogar com os estudantes, prevenindo possíveis situações que estejam em desacordo com as normas de convivência no ambiente escolar ou casos de desrespeito ou violência.
A APEOESP já vinha denunciando a instalação de câmeras em salas de aula, determinada pelo governo Doria/Rodrigo Garcia/ Rossieli Soares, o que significa a violação da liberdade de cátedra dos professores e uma forma de censura e cerceamento da liberdade de ensinar e aprender, assegurada na Constituição Federal.
Se a instalação dessas câmeras já era um verdadeiro abuso, a descoberta dos aparelhos em banheiros ultrapassa todos os limites e resvala para esfera criminal.
Nosso Sindicato exige a completa apuração dos fatos, que as necessárias providências sejam tomadas e que sejam retiradas todas as câmeras das salas de aula, além de uma varredura completa nos banheiros das unidades escolares para localizar e retirar eventuais câmeras ali instaladas.
Fonte: APEOESP (Informa Urgente 47/2022)