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Pesquisa da APEOESP demonstra gravidade de violência nas escolas

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Atos na Praça da República e na Escola Estadual Thomazia Montoro homenagearam todas as vítimas de violência nas escolas, especialmente a professora Elizabeth Terneiro, assassinada na segunda-feira em plena sala de aula

 

Estado precisa valorizar os profissionais da Educação e melhorar a estrutura das escolas

 

É preciso tornar o processo educativo mais atraente para os estudantes

 

Retomar o programa de mediação escolar e comunitária, com grande número de professores capacitados é fundamental

 

Precisamos de psicólogos em todas as escolas

 

O quadro de funcionários precisa ser completo, com contratação por meio de concursos

 

Também é necessário melhorar o policiamento no entorno das unidades escolares

 

Escola é lugar de paz e diálogo

 

Livros sim, armas não!

 

 

APEOESP divulgou na Sede Central os resultados de pesquisa sobre violência nas escolas, realizada pelo Sindicato por meio do Instituto Locomotiva, na qual foram ouvidos 1100 professores, 1250 estudantes e 1250 familiares de estudantes em todas as regiões do estado.

A pesquisa demonstrou o agravamento da incidência de casos de violência e o clima de insegurança nas escolas estaduais no pós-pandemia. Entre os principais resultados, podemos destacar:

¢ 69% dos estudantes, 68% dos professores e 75% dos familiares dos estudantes consideram haver um nível médio ou alto de violência nas escolas estaduais de São Paulo de forma gera

l ¢ 55% dos estudantes – 61% dos professores consideram haver um nível médio ou alto de violência nas suas escolas. 75% dos familiares dos estudantes consideram o mesmo nas escolas de seus filhos

¢ 24% dos professores e 41% dos estudantes não se sentem seguros no entorno das escolas estaduais

¢ 16% dos professores e 26% dos estudantes não se sentem seguros dentro das escolas estaduais

¢ 71% dos estudantes e 41% dos professores afirmam que souberam de casos de violência nas suas escolas. 73% dos familiares dos estudantes souberam de casos de violência nas escolas de seus filhos

¢ As principais ocorrências citadas pelos professores nas escolas em que trabalham, em ordem decrescente, são: agressão verbal – bullying –assédio moral – assalto – discriminação – agressão física

¢ As principais ocorrências citadas pelos estudantes nas escolas em que estudam, em ordem decrescente, são: Bullying – agressão verbal – discriminação – agressão física – furto – assédio moral – vandalismo –– furto/roubo – assalto – violência sexual – assassinato

¢ 48% dos estudantes e 19% dos professores afirmam ter sofrido algum tipo de violência nas suas escolas

¢ As principais ocorrências citadas por professores, em ordem decrescente, são: Agressão verbal – bullying – furto – assédio moral – assalto – discriminação – agressão física

¢ As principais ocorrências entre estudantes, em ordem decrescente, são: Bullying – agressão verbal– discriminação – agressão física – furto – assédio moral –violência sexual – assalto

¢ 95% dos estudantes, 91% dos professores e 95% dos familiares de estudantes concordam que questões relacionadas com saúde mental, esgotamento, ansiedade se tornaram mais relatadas por estudantes e professores – após a pandemia

¢ 98% dos estudantes, 96% dos professores e 97% dos familiares de estudantes concordam que o governo estadual deveria dar mais condições de segurança às escolas A apresentação completa da pesquisa pode ser acessada, em vídeo, no link: https://www.youtube.com/live/AXIL8i9sjMw?.

 

APEOESP realiza ato de desagravo às vítimas da violência e homenagem à professora assassinada

Pelo menos 800 professores, estudantes e integrantes de movimentos populares realizaram um ato de desagravo a todas as vítimas de violência nas escolas em frente à SEDUC, na Praça da República. O ato foi coordenado pela Presidenta da APEOESP, Professora Bebel, também deputada estadual, e contou com representantes de entidades, movimentos populares e parlamentares.

Os manifestantes portavam flores brancas e centenas de bexigas brancas foram soltas em homenagem às vítimas.

Na ocasião, cobrou-se medidas efetivas da SEDUC para a prevenção da violência nas unidades escolares, entre elas a contratação de psicólogos em todas as escolas, professores mediadores, melhoria na estrutura das unidades, diálogo em torno de uma política pública para enfrentar o problema, gestão democrática, valorização dos profissionais da Educação, contratação de funcionários por concurso, fim da superlotação de classes, com limite de 25 estudantes em cada sala de aula e mais um conjunto de medidas que se diferenciam da presença de policiais dentro das unidades escolares, com a qual não concordamos.

Após o ato na República, os manifestantes se dirigiram à Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, onde homenagearam a professora Elizabeth Terneiro.

 

 

 

 

Fonte: APEOESP (Informa Urgente 30/2023)

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