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Black Friday sem fraude: veja como se proteger dos golpes na hora das compras
Um dos eventos mais esperados do ano pelo varejo está próximo de começar: a Black Friday 2024. A última sexta-feira de novembro cai no dia 29, mas desde antes os consumidores devem encontrar promoções e descontos. A expectativa é de que o faturamento no e-commerce cresça 9% na comparação com o ano passado e chegue aos R$ 9,3 bilhões, segundo dados da Neotrust.Confi. Só que junto às compras, golpes e fraudes também costumam marcar presença no evento.
Ao InfoMoney, o professor de MBAs da Fundação Getulio Vargas (FGV), Roberto Kanter, destaca que golpistas buscam por datas como a Black Friday para induzir os consumidores ao erro. “Um produto que costuma ser vendido por R$ 1 mil será apresentado por R$ 600, numa loja com a identidade visual muito parecida com a Magalu, mas num site chamado ‘Malagu’, por exemplo. O consumidor é induzido ao erro, pensando estar comprando de uma loja conhecida”, explica.
“Para dar credibilidade a um produto que está sendo vendido, golpistas usam sites de vendedores de depoimentos e bancos de fotos e vídeos internacionais para dar crédito ao produto e enganar o consumidor”, alerta Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Junto às páginas falsas que simulam e-commerce conhecidos, a entidade ainda alerta que golpes na Black Friday costumam ser aplicados em diferentes modalidades, como:
- Supostas promoções enviadas SMS e mensagens de WhatsApp que podem conter links maliciosos;
- Descontos e cupons enviados por e-mail se passando por empresas de grande porte, utilizando contas privadas como “@gmail”, “@hotmail”, “@outlook” ou “@terra”;
- Perfis falsos nas redes sociais que investem em mídia para aparecer em páginas de compras e stories (no caso do Instagram) – inclusive com depoimentos de falsos compradores.
No “Mapa da Fraude – Black Friday 2023”, a ClearSale aponta que entre os dias 23 e 26 de novembro do ano passado foram mais de R$ 10 milhões somados em tentativas de vendas fraudulentas — ou pelo menos 400 ações criminosas por hora. “Observamos que a data está se expandindo ao longo de novembro e até dezembro, estendendo as vendas para o Natal e reduzindo a concentração de pedidos no fim de semana promocional”, explica Matheus Manssur, superintendente comercial da ClearSale.
Além disso, o executivo reforça que, após atingir um recorde de faturamento e pedidos em 2020, no auge da pandemia, os resultados da Black Friday têm arrefecido. “A recessão econômica é outro fator que tem impactado o volume de pedidos e o faturamento. Ainda que a fraude acompanhe essa tendência de redução, continua a representar um risco significativo”, diz.
Fonte: InfoMoney