O cantor Leonardo teve seu nome incluído na lista suja do trabalho escravo feita pelo Ministério do Trabalho e Emprego devido a uma denúncia de trabalhadores em situação decradante em sua fazenda.
A propriedade envolvida é a Fazenda Lacanca, localizada no município de Jussara (GO). A denúncia apontou que seis dos 18 trabalhadores estavam vivendo em condições inadequadas: sem rede de esgoto, água potável ou energia elétrica.
Entre os afetados estava um adolescente de 17 anos. Em resposta à inclusão de seu nome na lista, o cantor afirmou que havia arrendado a fazenda em 2022 e não tinha mais controle sobre as atividades realizadas lá.
Ele apresentou um contrato de arrendamento durante uma audiência para comprovar sua posição.
Entenda o que é a ‘lista suja’
A “lista suja” é um documento público divulgado semestralmente pelo Ministério do Trabalho, em abril e outubro, com o objetivo de dar visibilidade aos resultados das fiscalizações do governo de combate ao trabalho escravo.
Os nomes dos empregadores só são adicionados ao cadastro após a conclusão do processo administrativo que julgou o caso, com uma decisão sem possibilidade de recurso.
Criada em 2004, a “lista suja” enfrentou impasses nos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), e sua divulgação chegou a ser suspensa de 2014 a 2016. Só foi retomada quando o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a constitucionalidade do documento.
Denúncias sobre trabalho análogo à escravidão podem ser feitas pelo Sistema Ipê.
FONTE: G1