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Continuamos em luta contra a privatização de nossas escolas!

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Nesta terça-feira, 29 de outubro, a Educação pública do Estado de São Paulo viveu um de seus piores momentos, com o deprimente espetáculo protagonizado pelo governador bolsonarista Tarcísio de Freitas e seu secretário da Educação, Renato Feder, vendendo escolas públicas na Bolsa de Valores, entre urros e palmas de empresas privadas que irão “explorar serviços” nessas unidades escolares, da mesma forma como empresas exploram negócios em estradas privatizadas.

O mais grotesco é que a empresa vencedora deste primeiro lote, a Engeform, administra sete cemitérios na capital: Consolação, Quarta Parada, Santana, Tremembé, Vila Formosa I e II e Vila Mariana, de acordo com o site DCM.

Escolas não são produtos negociáveis

Escolas públicas são destinadas a formar seres humanos e todos os
seus espaços são educativos, por meio de trabalhos realizados por profissionais preparados, que devem ser contratados por concurso públicos, pois exercem funções públicas. Unidades educacionais não são produtos ou negócios transacionáveis na Bolsa de Valores. Com o governo Tarcísio/Feder, chegamos ao fundo do poço em termos da deturpação da política educacional, hoje voltada para a imposição do pensamento único, da formatação da infância e da juventude por meio de plataformas digitais e escolas cívico-militares e da depreciação completa das professoras, dos professores e demais profissionais da Educação.

Nossa luta continua

Não aceitamos a privatização das 17 escolas a serem construídas, nem das demais que compõem o “Bloco Leste”, a serem leiloadas em 4 de novembro. Assim como estivemos hoje na Bovespa, covardemente cercada pela Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana, novamente estaremos presentes no dia 4 de novembro, a partir das 13 horas, para denunciar este ataque à população. Não contarão com nossa omissão diante deste crime e conclamamos toda a categoria a se manifestar também.

Ao mesmo tempo em que privatiza a construção de escolas, por meio de PPPs, o governador tenta retirar da Educação R$ 10 bilhões, em valores atuais, quando deveria utilizar essas verbas não apenas para construir mais 33 escolas, como também reformar todas aquelas que estão em péssimas condições, de forma a que professores e funcionários possam trabalhar melhor e que os estudantes tenham acesso a ensino de melhor qualidade. O dinheiro da Educação não deve ir para o bolso de empresários e sim ser usado para valorizar os profissionais que fazem a Educação acontecer.

É uma falácia tentar separar o “trabalho pedagógico” das demais funções nas nossas escolas. Por meio da gestão democrática, cabe à direção e ao Conselho de Escola coordenar as atividades de uma unidade escolar em sua totalidade. Essa é a nossa luta.

 

Fonte: APEOESP (Informa Urgente 098/2024)

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