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DIANTE DE TUDO QUE SE APRESENTA COMO AGREGADO DO CONHECIMENTO, COMO TER UMA VISÃO DIFERENCIADA SOBRE EDUCAÇÃO?
Tivemos ao longo da história, em cada período, pensadores preocupados com a formação dos jovens. A Grécia, base de referência civilizatória ocidental, filósofos preocupados com a composição das polis (do Grego, cidade). Criaram metodologias que visavam à aproximação dos iniciados educandos aos experimentados cidadãos.
Depois, passamos por mais um corte na civilização com o advento do cristianismo, uma revolução absolutista e a importância do Uno em todas as coisas. O pensamento se centrava no divino de forma geocêntrica, portanto tudo que se pensava era obra de um único pensador.
Mais uma cisão ocorre com Descartes (1596-1650), permitindo a reflexão dicotômica na forma de constituição do ser, ou seja, define o homem entre o que é matéria (do Grego, madeira) e o que é alma, reafirmação da existência de Deus e o centro do pensamento como parte da constituição do cérebro, delimitando suas propriedades.
De lá para cá, outros movimentos, assim como a ciência e suas pesquisas, nos levaram, atualmente, ao aprofundamento do estudo desse compartimento chamado cérebro, que ao longo de nossa existência, vem evoluindo e hoje objeto de desejo de todos os cientistas voltados ao conhecimento desse compartimento e suas funções neuropsíquicas.
Este breve histórico tem como propósito questionamentos e reflexões sobre as metodologias e estruturas de formas arquitetônicas seculares que gravitam entre muitos pensadores, precisamente sobre a educação na composição do ser.
Sabemos que estruturas conservadoras seculares têm, por si só, certa morosidade na aceitação do novo, porém a ciência se apresenta hoje, com uma dinâmica diferente diante de seus experimentos, processos fundamentados na organização neuronal, percepção cognitiva, para a confirmação de seus efeitos práticos na formação de seus conceitos.
O que nos leva ao entendimento de linguagem, gestos, movimentos que o ser atuante se manifesta em suas comunicações, com a necessidade de se fazer entender, cujas conclusões denotaram que o corpo fala, não apenas a fonação, esta sim como conquistas de uma evolução, cuja origem não esta determinada. A linguagem ampliada em toda sua dimensão, desde o simples gesto, pequenos movimentos inconscientes, fáticos, deslocamentos ou silenciados.
O que quero dizer com isto?
Que o processo de aprendizado, ensino ficou a esteira, prisioneiro de um saber centrado em uma arquitetura secular, que requer nuâncias de observações abertas à multidisciplinaridade, participações de profissionais para dar apoio às estruturas já sedimentadas nas instituições de ensino. Aprimorar para inovar em um processo amplo do conhecimento, não mais estamentos rígidos impenetráveis, contrariando o científico em detrimentos de medos ou posses.
Estamos diante de um questionamento entre a não mudança, distanciamentos das escolas voltadas ao seu centro de gravidade, estamentadas dentro de uma politica de estado controlador, muitas das vezes com imposições ideológicas, danosas ao conhecimento universal.
Nossa reflexão é voltada ao ser como sujeito em seu ambiente. Como podemos enxergar a vida que se desponta com possibilidades além de nossa visão estreita, cuja representação nos move a girar de forma circular, ou seja, repetindo velhas receitas sem se preocupar com aquilo que surge como revolução de oportunidades.
Na atual conjuntura há um movimento geral na busca de como, quando e de que forma alcançar a linguagem dentro de suas estruturas já formada e atingir a singularidade que se apresenta dentro de sua diversidade particular, ou seja, na busca de uma visão qualitativa e não quantitativa do ser quanto as suas abstrações, percepções, emoções, etc.
Não podemos mais pensar em massa como resultados estatísticos, conforme produção de resultados e sim, a solidificação deslumbramento e curiosidades, para despertar os ser diante de sua consciência em relação ao tempo espaço, norteando o sujeito ao lugar que ocupa em sua existência, ou seja, oportunizando com ferramentas, dando-lhes oportunidades iguais, considerando as diferenças, tendo como referencial a inteligência como parâmetro ou régua de mensuração, diminuindo assim, preconceitos ultrapassados, que já nos causaram tantos conflitos.
A velha escola deve se preparar para o futuro projetado. Novas tecnologias se apresentam com o advento da neurociência dentro de suas particularidades, e vêm revolucionar na forma de educar, repensando em suas estruturas até mesmo arquitetônicas, mas como diria Descartes (1596-1650), aproveitando as velhas estruturas, erguendo apenas novas paredes, pois o antigo deve ser preservado dentro da solidez de seus significados.
A escola do futuro, equipes multidisciplinares nesta formação, valoriza o professor dentro da sala de aula; porém, com novas possiblidades no campo das inovações. Espaços vazios e dúvidas serão preenchidos para alavancar leis populistas que na prática, criam depósitos de crianças nas escolas deixando o professorado à deriva, sob a pena da lei.
A pirâmide será determinante nas decisões, não mais do topo, mas da base que se apresenta no cotidiano nas demonstrações de suas dificuldades na resolução de conflitos.
Práticas são reais hoje, principalmente no processo de inclusão em novas plataformas inovadoras de design, forma ativa com estudos na práxis, mostram resultados surpreendentes, estatisticamente comprovados; abertos para complementações dentro da diversidade que se apresentam o ser aí no cotidiano de cada singularidade.
Nomes se destacam dentro das proposições, assim como centro de estudos atualizados com a única preocupação no particular de cada caso, com metodologias avançadas, baseados nas heranças experimentadas de outros pesquisadores que compuseram e compõem a educação passada e pensadores futuristas, novas tecnologia sobre o tema no meio científico, destacando-se a Fonoaudiologia educacional.
A inovação é o objetivo de cada um. Porém, o imobilismo atrelado ao medo, impede o avanço no processo educacional. Estruturas arcaicas, pequeno feudos serão rompidos, caso não acompanhem o tempo presente. E aí vai perder o bonde da história?
Fonte: Assessoria de Imprensa da ACEOC