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Em tempos de covid-19, o dia de cobertura paralímpica começa mais cedo

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Toda cobertura esportiva no exterior envolve uma série de tarefas diárias e responsabilidades para o bom funcionamento de toda a estrutura de trabalho. É tão importante, por exemplo, estar ciente dos horários dos ônibus que levam às arenas das competições, quanto estar sempre de posse de passaporte e credencial a todo destino que você possa escolher.

Em Tóquio, a rotina dessas pequenas coisas, teve um acréscimo por conta da covid-19. É verdade que cada um cumpre as determinações de distanciamento, uso de álcool gel e outras medidas com assiduidade diferente. E a organização dos Jogos nem sempre é atenta a isso. Mas uma das medidas protetivas é cumprida à risca: os testes para controle de possíveis casos de infeção, que possam surgir depois da chegada dos profissionais de imprensa ao Japão.

Todo mundo que chega a Tóquio para cobrir os Jogos deve testar obrigatoriamente nos três primeiros dias depois do desembarque. O tipo de testagem é o PCR, mas não o que costumamos fazer no Brasil, com um cotonete dentro do nosso nariz. Aqui, o material coletado é a saliva, e a própria pessoa é que separa o conteúdo. Para isso, você precisa colocar uma quantidade não muito grande de saliva em um frasco pequeno, tampar e entregá-lo a um setor específico no MPC – o centro de mídia dos Jogos – ou em alguma das arenas. Essa amostra é associada a um código de barras, justamente para que se saiba, entre milhares de amostras, qual é exatamente a sua e qual resultado de fato é o seu.

Por causa da possibilidade de o resultado poder ser considerado inclusivo, não devemos ingerir nada nos trinta minutos anteriores à coleta. Nada de bebidas, comidas, escovar dentes ou fumar (o que na verdade é proibido em diversos locais em Tóquio, mesmo ao ar livre).  E como em toda cobertura como essa qualquer minuto faz diferença, o melhor é acordar mais cedo para a coleta. Se a ideia era levantar às 7h, que tal levantar às 6h55 e se livrar logo disso?

Vimos muita gente envolvida na cobertura dos Jogos  – praticamente todo o mundo – com a máscara protetiva e usando os aplicativos do governo japonês, para informar suas condições de saúde. Mas a testagem é mesmo o método mais eficiente de se ter realmente controle. A depender do tipo de atividade daqueles envolvidos na cobertura dos Jogos, a frequência dos exames muda após os três primeiros dias. No nosso caso, testaremos todos os dias até o fim da Paralimpíada. E, caso alguém esteja nervoso, não deixei para o final de propósito, mas sim, até agora só testamos negativo mesmo.

 

 

 

 

Fonte: Agência Brasil

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