Explosão de casos da ômicron provoca corrida por dose de reforço da vacina

Procura pela dose de reforço contra a Covid-19 disparou nos últimos dias no Brasil, durante a explosão de casos da doença impulsionada pela variante ômicron, aponta reportagem da Folha de S.Paulo.

Dose de reforço da vacina

Isso acontece mesmo com um apagão de dados desde dezembro de 2021.

Assim, o número diário de vacinas aplicadas no país é o maior desde o início dessa fase da campanha.

Curva começou a crescer mais vertiginosamente em 4 de janeiro, dias depois de começarem a pipocar relatos de grupos inteiros infectados após as festas de fim de ano, chegando a 478 mil doses nesta segunda (10), se considerada a média móvel dos sete dias anteriores.

A corrida aos postos de imunização tem dois motivos principais, segundo especialistas: primeiro, mais gente alcançando a sua data de reforço.

No dia 18 de dezembro, o Ministério da Saúde reduziu o intervalo entre as aplicações de cinco para quatro meses, o que ampliou esse grupo.

Buscas pelo termo “terceira dose” no Google, por exemplo, dobraram entre a última semana de dezembro e a primeira de janeiro.

Interesse por todas as palavras relacionadas ao assunto, como “terceira dose Pfizer” e “dose de reforço Covid”, teve um aumento repentino.

Falta de vacinas em Osvaldo Cruz

O problema é que aqui em Osvaldo Cruz a vacinação está suspensa há uma semana, no pico da nova onda de contaminados.

O fim dos estoques de doses de vacinas contra a Covid-19, informada há uma semana casou reações entre os moradores.

Muitos questionaram a falta do imunizante em um período crítico da pandemia.

Em nota, o poder público local disse que o estoque zerou desde a semana passada devido à procura nos últimos e a falta de repasse do Governo do Estado.

Novas doses foram pedidas à Secretaria Estadual de Saúde e devem ser recebidas hoje, porém a Secretaria deve aguardar o recebimento para depois iniciar a vacinação.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde diz que a falta de vacinas em cidades como Osvaldo Cruz, Adamantina e Dracena é de responsabilidade das prefeituras.

A pasta informa que remete os lotes de vacina semanalmente às cidades, mas quem deve fazer os pedidos de novas grades de imunizantes são as prefeituras.

De acordo com o Estado, são as secretarias de Saúde municipais as responsáveis pela gestão dos estoques locais.

A resposta da Secretaria Estadual de Saúde informa ainda que novos lotes serão enviados nesta quarta-feira às cidades do Departamento Regional de Saúde (DRS).

A nota é clara ao afirmar que os municípios são responsáveis por definir a quantidade de doses que devem ser enviadas para que ocorra a distribuição de forma efetiva e não haja faltas.

Nesta quarta-feira (12) todas as cidades da região de Marília devem receber uma nova grade com mais imunizantes.

Com a rápida alta de casos nas últimas semanas, houve também uma maior corrida pela vacinação, seja para a atualização do calendário com segunda ou terceira doses, e ainda casos de pessoas que foram buscar pela primeira dose.

A determinação do Governo do Estado de São Paulo, para que os funcionários públicos estaduais apresentem comprovante de vacinação, também contribuiu para essa busca pela vacina.

O vacinômetro estadual aponta que Osvaldo Cruz já aplicou: 61.474 doses da vacina, sendo 27.419 em primeira dose, 25.793 em segunda e 8.262 em terceira dose.

Fonte: Diário do Centro e do Mundo