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Fake News: dirigir sem máscara não acarreta em multa

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O Governo de São Paulo, por meio das Secretarias de Estado da Saúde e da Comunicação, tem atuado também no combate à desinformação sobre o novo coronavírus. A fim de orientar a população sobre quais ações adotar no dia a dia, Governo tem usado seus canais oficiais de comunicação para divulgar informações corretas e para desmentir notícias falsas a respeito do novo coronavírus e da COVID-19, nome da doença causada por ele.

Abaixo, veja mais três informações verificadas pela equipe técnica da Secretaria da Saúde.

1. É falso que Detran e Polícia Militar vão multar motorista que dirigir sem máscara

Circulou em diversos estados uma mensagem com um alerta enganoso sobre multas a motoristas dirigindo sem máscara de proteção facial. Os órgãos oficiais responsáveis pela fiscalização das regras de trânsito desmentiram o conteúdo dessa mensagem.

Em nota oficial e em suas redes sociais, o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) desmentiu o conteúdo e afirmou que não existe previsão legal para multa ou perda de pontos nessas circunstâncias. A nota ressalta ainda que não há regulamentação do Denatran nem deliberação do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) a esse respeito.

Em diversos cidades e estados, a exemplo de São Paulo, há determinação para uso de máscaras caseiras em espaços públicos (como mercados e farmácias) e dentro de transporte coletivo (o que inclui táxis e motoristas de aplicativo). Mas as regras ou recomendações referem-se ao uso das peças na rua e ambientes coletivos, não dentro de veículos particulares.

No caso específico dessa mensagem, chamam a atenção os erros grosseiros de português e a falta de citação de uma fonte oficial sobre aquele conteúdo. Erros e omissões desse tipo servem de alerta para desconfiar da veracidade da mensagem.

2. É falso que ingerir alimentos alcalinos evita a COVID-19

Mensagem compartilhada em aplicativos de conversa sugere uma relação de alimentos que ajudaria a combater o vírus no organismo humano. Além de errar os valores do pH atribuídos aos alimentos, a mensagem traz informações equivocadas e sem qualquer embasamento médico ou científico.

O pH, ou potencial hidrogeniônico, indica, numa escala de zero a 14, o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade nas substâncias. Quanto mais próxima de zero, mais ácido; quanto mais perto de 14, mais alcalina; e próximo de 7 indica neutralidade. O pH de um alimento não é capaz de mudar as condições necessárias para o vírus se propagar dentro do organismo humano.

Ter uma alimentação saudável é importante em qualquer circunstância. Mas não existe, até o momento, remédio, vacina ou alimento específico que tenha eficácia comprovada para prevenir ou combater a infecção pelo novo coronavírus. A recomendação continua sendo higienizar as mãos com frequência, evitar aglomerações e uso de máscara facial quando sair de casa.

3. É falso que água tônica sirva para tratar a COVID-19

Circulou em redes sociais e por celular um vídeo em que uma mulher diz que ingerir água tônica ajuda a tratar a doença provocada pelo novo coronavírus. O vídeo, no entanto, faz associação equivocada com substância presente na bebida e em um dos remédios usado, em alguns casos, no tratamento da doença.

A mensagem confunde a nomenclatura de substâncias, mas os compostos são diferentes, sem qualquer relação entre si. Até uma fabricante desse tipo de bebida criou uma página especial em seu site para esclarecer a informação e deixar claro que água tônica não contém em sua composição a substância usada no medicamento.

Vale lembrar que ainda não há substâncias nem remédios específicos com eficácia comprovada para tratar a COVID-19, até este momento.

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