BAURU – A Polícia Civil divulgou ontem imagens de câmeras de segurança que provam que o presidente da entidade, Roberto Franceschetti Filho, esteve com a secretária, Claudia Regina da Rocha Lobo, após ela ser vista pela última vez com vida, no dia 6 de agosto.
Claudia foi morta por Roberto nos momentos registrados pelas imagens.
Má gestão, desvio de verba e disputa de poder na Apae são apontadas como possíveis motivações do crime, segundo a Polícia Civil.
Nas imagens, é possível ver que, às 15h10 do dia 6 de agosto, o carro que Claudia dirigia estaciona em frente a um terreno.
Em seguida, Roberto, que estava no banco do passageiro, sai do veículo e assume a direção.
O veículo fica parado por cerca de três minutos. E segundo investigações policiais é aí que acontece o disparo que matou a secretária e o suspeito sai em direção à área rural do bairro Pousada da Esperança, na estrada que liga Bauru a Arealva.
Após o crime, Roberto teria acionado Dilomar Batista, funcionário do almoxarifado da Apae, a quem ameaçou para ajudá-lo no descarte do corpo.
Dilomar foi ouvido pela polícia na tarde de sexta-feira (23) e confessou ter ajudado a queimar o corpo de Claudia sob ameaça de Roberto.
O funcionário relatou que o corpo foi incinerado em uma área de descarte usada esporadicamente pela Apae e disse que, quatro dias depois, voltou para espalhar as cinzas em áreas de mata ao redor do local.
A Polícia Civil confirmou que, no dia em que foi preso, 15 de agosto, Roberto confessou, matou Cláudia. No dia seguinte ele negou a acusação.
Um laudo preliminar apontou que fragmentos de ossos humanos foram encontrados durante as buscas feitas na área rural de Bauru.
Os fragmentos seguem em análise no Núcleo de Biologia de São Paulo, para confronto com as amostras de DNA já recolhidas do veículo, de pertences pessoais da vítima e da filha de Claudia.
Em coletiva à imprensa, a Apae confirmou que a área rural onde foram feitas buscas foi utilizada algumas vezes para descarte de material da instituição, inclusive no dia em que Claudia desapareceu.
A Apae de Bauru abriu uma sindicância para investigar possíveis irregularidades financeiras após o Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro instaurar um inquérito policial para investigar a instituição.
Em nota, a presidente interina da Apae, assegurou que a instituição está colaborando com as investigações.
Um dia após ser preso, Roberto teve a prisão temporária de 30 dias decretada na audiência de custódia e foi levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pirajuí (SP).
Fonte: Revista Fórum