Governo Doria quer responsabilizar professores e funcionários pela sua política genocida

O governador João Doria e seu secretário da Educação, Rossieli Soares, agem de forma irresponsável, ignorando que a preocupação primordial de qualquer gestor público é cuidar da saúde e da vida da população que depende das ações de governo. Ao disponibilizarem, por meio das unidades escolares, formulários (veja anexo) a professores e funcionários, no qual os mesmos assumem a responsabilidade, caso haja contágio por covid 19 no retorno às aulas presenciais, reforçam pelo menos duas denúncias graves. Em primeiro lugar, admitem que há risco concreto de que a volta precipitada de atividades presenciais nas escolas em meio a uma crise pandêmica sem precedentes na história da humanidade cause o adoecimento de docentes e, em consequência, de toda população do Estado de São Paulo. E em segundo lugar mostram que o que importa não é a saúde e a vida de ninguém, mas apenas a imposição de uma ideia equivocada sobre o que é o processo pedagógico e educacional, confirmando o que a APEOESP vem afirmando desde o começo da quarentena.

Governo quer lavar as mãos

Ou seja, o governo decide reabrir as escolas em plena pandemia, pressiona os profissionais da educação para que retornem, mas se exime de responsabilidade pela sua decisão. Toda autoridade pública que em qualquer medida for responsável pelo adoecimento e óbitos na categoria será acionada pelo Sindicato na exata medida de sua responsabilidade. A APEOESP já notificou todos os dirigentes regionais de ensino, informando-lhes sobre essa decisão, e fará o mesmo, seja a autoridade pública quem for. Não nos omitiremos em denunciar o risco à saúde e à vida de professores, estudantes, funcionários e suas famílias. Professores, não assinem esse documento e nenhum outro semelhante. Conversem com os funcionários e também com os pais e os estudantes. Não compactuaremos com nenhuma política de nenhum governo que atente contra a vida e a saúde da população. A escola é nosso ambiente de trabalho e não abriremos mão dele, mas não permitiremos que ao invés de locais de aprendizagem elas passem a ser locais de adoecimento e de morte

Fonte: APEOESP (Informa Urgente 102/2020)