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Governo estuda retirar gasto com saúde e educação da dedução do Imposto de Renda
Promover saúde integral e educação são algumas das responsabilidades do governo. Quando pagamos impostos, na teoria, parte do dinheiro deveria ser usado para garantir que todas as pessoas tenham acesso a esse recurso.
Quem opta por atendimento médico particular o ensino privado pode pedir dedução do imposto de renda, uma vez que arcou com recursos próprios essas áreas, evitando recorrer aos órgãos do estado.
Contudo, essa regra pode mudar. A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu por escrito o fim dos descontos com despesas médicas e de educação no Imposto de Renda da Pessoa Física, de acordo com o Estadão.
Jornal diz que Guedes planeja mexer na restituição do IR (Getty Image)
- Documento obtido pelo Estadão diz que governo quer mudar restituição do IR;
- Equipe teria defendido o fim dos descontos com despesas médicas e de educação;
- Ministro negou, em nota, que planeja realizar essas alterações.
Promover saúde integral e educação são algumas das responsabilidades do governo. Quando pagamos impostos, na teoria, parte do dinheiro deveria ser usado para garantir que todas as pessoas tenham acesso a esse recurso.
Quem opta por atendimento médico particular o ensino privado pode pedir dedução do imposto de renda, uma vez que arcou com recursos próprios essas áreas, evitando recorrer aos órgãos do estado.
Contudo, essa regra pode mudar. A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu por escrito o fim dos descontos com despesas médicas e de educação no Imposto de Renda da Pessoa Física, de acordo com o Estadão.
Na análise realizada, o fim dos descontos na área da saúde traria uma economia de R$ 24,5 bilhões no ano, enquanto fim das deduções com educação aumentaria a receita em mais R$ 5,5 bilhões. O problema é que os cidadãos, teoricamente, estariam pagando duas vezes por um mesmo serviço.
O documento de dez páginas teria sido criado após o primeiro turno das eleições e traz anexos com sugestões de mudanças legislativas elaboradas pela equipe da área fiscal do ministério. Essas mudanças poderiam ajudar o governo a cumprir as promessas de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), como a manutenção do Auxílio Brasil.
Em nota enviada ao Estadão, o ministro disse que “refuta a alegação de que pretende acabar com as deduções” e classificou a medida como “totalmente descabida de fundamento”. Já a assessoria de Guedes afirmou que “não reconhece a validade do documento” ao qual o jornal teve acesso e que estudos são feitos de forma corriqueira na pasta.
Fonte: Estadão