As eleições de 2020 vão ter mais horas de votação para evitar aglomerações e prioridade para os eleitores mais velhos em certos horários.
Uma hora a mais para que os eleitores possam votar com mais segurança neste momento de pandemia. O horário de votação será das 7h às 17h, considerando sempre a hora local. As primeiras três horas, das 7h às 10h, serão preferenciais para pessoas acima de 60 anos, que fazem parte do grupo de risco para o coronavírus.
O horário foi definido com a ajuda de uma consultoria técnica que envolveu matemáticos e sanitaristas, e vale para o primeiro turno, no dia 15 de novembro, e para o segundo, no dia 29, onde houver.
Além do horário maior, o TSE afirmou que vai adotar “todas as medidas possíveis” para garantir a segurança dos eleitores e mesários no dia da votação. Empresas e entidades de classe vão doar equipamentos de proteção individual, como máscaras, protetores faciais, além de álcool em gel e spray para quem trabalhar na eleição e álcool em gel para os eleitores.
A identificação biométrica, aquela da impressão digital, não será feita para evitar contágio. O eleitor deverá levar sua própria caneta. Mas, se esquecer, mesários irão higienizar as canetas a cada uso.
O plenário do Tribunal Superior Eleitoral também confirmou, por unanimidade, que candidatos a prefeito e a vereador não poderão participar de lives na internet com atores, cantores e outros artistas com objetivo de fazer campanha eleitoral. A decisão foi baseada na mesma lei que, em 2006, proibiu os chamados showmícios.
Nesta sexta-feira (28), o TSE encerrou a fase de testes de confirmação da segurança no sistema das urnas eletrônicas. Desde quarta-feira (26), peritos da Polícia Federal fizeram de tudo para tentar invadir o sistema. Conseguiram entrar apenas em espaços periféricos das urnas, o que, segundo os técnicos do TSE, não alteraria os votos. Mesmo assim, todos os pontos considerados frágeis foram revisados e corrigidos.
O presidente do Tribunal, Luís Roberto Barroso, reforçou que o voto eletrônico é muito mais confiável do que o de papel de antigamente.
“Às vezes, as pessoas têm saudades de um tempo que não houve. No tempo do voto manual, no tempo do voto impresso, é que nós tínhamos muitos episódios de fraude, mas muitos mesmo. Aliás, a história da República Velha, que era a história do voto manual, era a história de fraudes sucessivas. Ao passo que, no tempo da urna eletrônica, nunca se comprovou fraude alguma”, afirmou Barroso.
Fonte: G1v