Ligue-se a nós

Economia

Inflação dispara 10,06% em 2021, maior alta em seis anos

Publicado

no

R7

A inflação oficial perdeu ritmo em dezembro, mas o resultado não impediu que o índice oficial de preços terminasse 2021 no maior patamar desde 2015, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Os dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) divulgados nesta terça-feira (11) apontam para uma variação de 0,73% da inflação oficial em dezembro, o que resultou em um salto de 10,06% dos preços no acumulado de todo o ano passado.

A disparada, ainda menor do que a que chegou a ser esperada por analistas financeiros entre os meses de novembro e de dezembro, representa quase o dobro do teto da meta estabelecida pelo governo para 2021, de 5,25%. O limite máximo perseguido levava em conta uma tolerância de 1,5 ponto percentual.

Já o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que calcula a inflação das famílias com rendimentos de até cinco salários mínimos, fechou o ano passado com alta de 10,16%, acima dos 5,45% registrados em 2020.

Apesar da desaceleração do IPCA nos dois últimos meses do ano passado, os grandes vilões do indicador continuaram os mesmos: os combustíveis e a energia elétrica (+21,21%), que conta com a manutenção da tarifa de escassez hídrica desde setembro, com a cobrança adicional de R$ 14,20 a cada 100kWh consumidos.

O gerente do IPCA, Pedro Kislanov, explica que a alta no preço dos combustíveis fez com que o grupo de transportes tivesse a maior variação de preços ao longo do ano passado, de 21,03%. “Com os sucessivos reajustes nas bombas, a gasolina acumulou alta de 47,49% em 2021. Já o etanol subiu 62,23% e foi influenciado também pela produção de açúcar”, analisa Kislanov.

Outro destaque nos Transportes foi o preço dos automóveis novos (16,16%) e usados (15,05%), motivado pela falta de alguns componentes na cadeia produtiva do setor. “Houve uma retomada na demanda global que a oferta não conseguiu suprir, ocorrendo, por exemplo, atrasos nas entregas de peças e, as vezes do próprio automóvel” explica o pesquisador.

Os dados do IPCA apontam ainda que o grupo de alimentos e bebidas, apresentou uma variação de 7,94% ao longo do ano passado, resultado menor que a do ano anterior (+14,09%), quando contribuiu com o maior impacto entre os grupos pesquisados.

Continuar Lendo
Publicidade
Clique para comentar

DEIXAR UM COMENTÁRIO

Política de moderação de comentários: A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro ou o jornalista responsável por blogs e/ou sites e portais de notícias, inclusive quanto a comentários. Portanto, o jornalista responsável por este Portal de Notícias reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal e/ou familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.