Geral
#MaioLaranja: campanha fala sobre o combate ao abuso e à exploração sexual infantil no Brasil
Hoje, 18 de maio, é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes. Criada há 20 anos, a data chama a atenção em 2020 para a perspectiva de crescimento dos casos de abuso e exploração infantil que ocorrem dentro de casa, durante as medidas de contenção à pandemia. Com o objetivo fortalecer de ainda mais as medidas de proteção, neste ano a data ganhou uma campanha importante: #MaioLaranja.
A ideia é, através das redes sociais, alertar sobre a questão.
O #maiolaranja é uma inciativa que visa dar visibilidade a este assunto.
Temos o sonho de que esta data e este mês esteja na memória de cada brasileiro não somente em 2020, mas todos os anos.
Somos uma campanha de conscientização, e sendo assim, acreditamos que para combater qualquer problema é necessário conhece-lo.
Precisamos discutir, provocar conversas sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes aqui no Brasil.
A cada hora 3 crianças são abusadas no Brasil. Cerca de 51% tem entre 1 a 5 anos de idade.
Todos os anos 500 mil crianças e adolescentes são explorados sexualmente no nosso país e há dados que sugerem que somente 7,5% dos dados cheguem a ser denunciados às autoridades, ou seja, estes números na verdade são muito maiores.
A luta é de todos nós. São as nossas crianças. É o nosso futuro.
Você pode acompanhar o #MaioLaranja no instagram: @maiolaranja
Dados
A organização mundial Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) alerta que, em épocas de medidas de contenção contra surtos de doenças, crescem a as taxas de abuso e exploração de crianças, como trabalho infantil, pornografia infantil e exploração sexual. Segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, do Governo Federal, na maioria dos casos denunciados em 2019, a violência foi praticada por pessoas da família ou próximas à família, pelo padrasto ou madrasta (39,46%), pelo pai (18,45%) ou pela avó da vítima (3,43%). Ainda de acordo com o levantamento, as vítimas têm, em sua maioria, de 4 a 11 anos (42,07%).
Tipos de violações e sinais
Os principais tipos de violações contra crianças e adolescentes são: Pornografia infanto-juvenil (geralmente, pedófilos se passam por crianças ou adolescentes nas redes sociais para convencer jovens a enviarem vídeos ou fotos nuas); Trocas Sexuais (adultos oferecem “presentes”, em troca de satisfação sexual); Exploração sexual autônoma (atos sexuais realizados mediante pagamento, sem o intermédio de outros adultos); Exploração sexual agenciada (intermediada por terceiros, que confiscam percentual de pagamento em troca de proteção); Turismo sexual (“excursões” turísticas com oferta de serviços sexuais infanto-juvenis); e Tráfico para exploração sexual (aliciamento, rapto, intercâmbio e cárcere privado de criança e adolescente para finalidade de exploração sexual).
A família deve ficar atenta aos sinais que podem ser demonstrados através de comportamentos da criança ou adolescente, como ansiedade excessiva; pesadelos, conversas ou gritos durante o sono; dores ou inchaços na região genital e abdominal; comportamento muito agressivo ou muito isolado; dificuldades de concentração; comportamento tenso, em “estado de alerta”; tristeza, abatimento profundo ou choro sem causa aparente; comportamento sexualmente explícito; desconfiança com adultos, especialmente com os que lhe são próximos; autoflagelação, ou seja, machucar-se por vontade própria; ou fugas de casa.
Com informações: Maio Laranja e Infonet.com.br