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Máscaras protegem contra a fumaça das queimadas? Entenda quando usar e quais grupos são mais vulneráveis
NACIONAL – Popularizadas no período da pandemia, as máscaras agora podem ser um importante aliado contra a fumaça vinda das queimadas.
Além dos gases tóxicos que se desprendem da combustão, também são liberadas grandes quantidades de material particulado que podem causar irritação das vias aéreas e agravar doenças respiratórias crônicas.
Com o aumento do número de focos de incêndio em diversas regiões do país e o deslocamento da fumaça até para locais sem queimadas, uma das orientações do Ministério da Saúde é a utilização de máscaras cirúrgicas e até do modelo PFF2 para proteção.
“Quanto mais perto do foco de calor, maior o número de partículas que pode ser inalado. Para reduzir os efeitos que são muito intensos nas vias respiratórias, recomenda-se o uso de máscaras e bandanas”, explicou a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, Agnes Soares, em coletiva.
Apesar da recomendação do ministério para toda a população, especialistas explicam que as máscaras só são eficazes para proteger contra o material particulado e pessoas com doenças crônicas são as mais suscetíveis a sofrer com a inalação da fumaça.
Máscaras x queimadas
Eduardo Algranti, pneumologista e coordenador da Comissão Científica de Doenças Respiratórias Ambientais e Ocupacionais da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), explica que a inalação do material particulado vindo das queimadas tende a gerar problemas respiratórios.
Nesse contexto, ele defende que o uso de máscaras de proteção pode ser uma boa opção.
“Tanto as máscaras do tipo PFF como as máscaras de tecido ou cirúrgicas, desde que bem adaptadas ao rosto, protegem contra o material particulado”, detalha.
O pneumologista ainda lembra que o nível de proteção oferecido pelas máscaras PFFs é muito maior, uma vez que elas são capazes de filtrar uma quantidade maior de material particulado – além de se adaptar melhor ao rosto.
Elnara Negri, pneumologista do Hospital Sírio-Libanês, comenta que é recomendado que quem está próximo aos locais das queimadas e em cidades afetadas pela fumaça priorize o uso de máscaras de alto poder de filtragem.
“As máscaras ajudam a filtrar as partículas maiores e a fuligem proveniente das queimadas, evitando que esses fragmentos entrem nas vias superiores e no pulmão”, afirma a pneumologista.
Os pneumologistas recomendam que todas as pessoas portadoras de doenças respiratórias, sejam agudas ou crônicas, devem usar algum tipo de proteção contra a fumaça das queimadas. Isso porque esse grupo é o mais suscetível aos efeitos nocivos desse tipo de poluição.
Fonte: G1 – Presidente Prudente e Região