Uma operação da Polícia Civil em conjunto junto com o Ministério Público prendeu dois suspeitos de armazenar e compartilhar imagens de abuso e exploração sexual infantil, nesta quinta-feira (31), em Campinas (SP). Os flagrantes foram na região do Vida Nova, quando agentes cumpriam mandados de busca e apreensão.
As prisões fazem parte da Operação “Lobo Mau”. Até o fim da manhã, os policiais haviam cumprido 92 mandados de busca e apreensão em 20 estados e no Distrito Federal. Em todo o Brasil, 36 suspeitos foram detidos.
Entre os presos em Campinas está um porteiro, que teria confessado a participação em mais de 100 grupos on-line com imagens de abuso e exploração sexual infantil. No celular dele, segundo a polícia, havia um vasto material de abuso sexual envolvendo menores. O outro era um padeiro, que optou por não falar em depoimento.
Os dois foram levados à Divisão de Investigações Criminais de Campinas (Deic). Ao todo, os policiais da metrópole cumpriram três mandados de busca e apreensão em Campinas e outros três em Valinhos, São João da Boa Vista e Itupeva. Celulares e computadores de suspeitos serão periciados.
Rede de abuso sexual infantil
O MP informou que a operação “Lobo Mau” é para desarticular uma rede criminosa envolvida na produção, armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantil. A força-tarefa tem apoio de instituições internacionais e da Embaixada dos Estados Unidos.
Conforme a investigação, um número expressivo de criminosos entram em contato com crianças e adolescentes por meio de plataformas digitais para induzi-los a produzir conteúdo de nudez e até mesmo de sexo.
O Ministério Público informou que o material produzido é distribuído em grupos fechados de troca de mensagens, como o Telegram, o Instagram, o Signal e o WhatsApp. Conforme o MP, até jogos muito usados por crianças, como o Roblox, são utilizados na abordagem ao menores para a exploração sexual.
O nome da operação “Lobo Mau” refere-se justamente ao criminoso que se esconde atrás de uma fachada de normalidade para se aproximar da vítima, ganhar a confiança dela e depois atacá-la, situação que é potencializada enormemente no ambiente virtual, onde as pessoas não se veem, informou o Ministério Público.
Fonte: G1 – Campinas