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Pai de menino amarrado com lençol em cadeira na sala de aula diz que ficou abalado: ‘Não tive reação’

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O pai do menino de três anos, que foi amarrado com um lençol em uma cadeira na sala de aula de uma escola municipal na sexta-feira (4) em Palmares Paulista (SP), disse que ficou abalado ao saber do ocorrido.
Segundo o boletim de ocorrência, os outros alunos estavam no recreio, enquanto a criança foi deixada sozinha na sala na Escola Municipal Diego Marion. O Conselho Tutelar recebeu a denúncia e foi até a instituição de ensino, onde o menino foi encontrado na sala de aula, com a porta encostada, ainda conforme o BO.
“Nós recebemos a denúncia de maus-tratos, fomos até a escola. Nós vimos a criança, sentada na cadeira, amarrada com um lençol, sozinha, dentro da sala, enquanto outras crianças estavam no pátio no horário do intervalo”, revelou a conselheira tutelar, Lucilene Ferreira Faria Silva.
O pai do menino, que não vai ser identificado pela reportagem, revelou que o filho foi diagnosticado com hiperatividade e faz acompanhamento neurológico para investigar possível Transtorno do Espectro Autista (TEA).
“A gente coloca ela lá para ser educado, aprender e devolver, não para amarrar. A gente vai tentar resolver, mas eu não aceito que ela dê mais aula para meu filho. Eu estava muito abalado, não tive reação”, lamenta o pai.
Em nota, a Secretaria de Educação de Palmares Paulista informou que um processo administrativo foi aberto pelo jurídico. A secretária de Educação da cidade, Maressa Biag, confirmou que as funcionárias foram afastadas das funções.
“É um fato infelizmente que aconteceu, isolado de tudo o que a gente ensina, não é nosso comportamento esse, a gente não compactua com esse tipo de atitude, jamais”, comentou a secretária.
Investigação
Um inquérito policial foi aberto pela polícia, para investigar o crime de maus-tratos e o artigo 232 do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), que prevê detenção de seis meses a dois anos para quem submeter uma criança ou adolescente a vexame ou constrangimento.
O delegado responsável pela investigação, João Lafayette Sanches, disse que testemunhas já foram ouvidas.
No dia do crime, a professora e a auxiliar foram levadas até a delegacia, onde negaram que amarraram a criança e disseram que deixaram o menino sentado na cadeira, enrolado no lençol, para corrigir um mau comportamento.
Em depoimento, a professora disse que a criança tem comportamento hiperativo e agressivo com os outros alunos e não quis sair da sala para o intervalo. A auxiliar, por sua vez, informou que colocou o menino enrolado ao lençol para evitar que se machucasse.
Fonte: G1 – São José do Rio Preto e Araçatuba
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