APEOESP
Secretário da educação continua sua ofensiva contra a vida
Inimigo da vida, o secretário da Educação conseguiu derrubar a liminar concedida ontem pela juíza Simone Gomes Casoretti, da 9a Vara da Fazenda Pública da Capital, que impedia o retorno às aulas e atividades presenciais nas redes públicas e privada do Estado de São Paulo.
O presidente do TJ-SP, desembargador Geraldo Pinheiro Franco, suspendeu a liminar. A APEOESP e demais entidades recorrerão contra essa decisão, que não atacou pontos importantes levantados pelo nosso Sindicato, notadamente a precariedade da infraestrutura das escolas públicas estaduais e o risco de contágio de profissionais da Educação e estudantes.
Nossa argumentação está amparada em dados técnicos, produzidos pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), pelo Dieese e por autoridade médica renomada, que não foram questionados pelo Governo do Estado.
Reiteramos que os professores enviem fotos e vídeos sobre as condições precarizadas de suas escolas, incluindo banheiros, salas pequenas e mal ventiladas, espaços de circulação estreitos e sem ventilação e outras deficiências, para imprensa@apeoesp. org.br com cópia para presiden@apeoesp.org.br. As fotos serão anexadas ao processo.
Os professores e professoras também devem encaminhar para a APEOESP atestados de contaminação pelo novo coronavírus que esteja associada à volta às aulas presencias em outubro de 2020. Também devem enviar relatos sobre os casos de contaminação que tenham ocorrido entre colegas professores, funcionários e até mesmo estudantes nas suas escolas.
Prossegue nossa luta incondicional pela vida
Não haverá volta às aulas sem segurança aos profissionais da Educação. Pelo direito à vida e pela prioridade dos professores na vacinação, reforçaremos a luta!
Já na sexta-feira, reunindo dezenas de automóveis, representando todas as regiões do estado, a APEOESP realizou uma carreata estadual na capital, partindo do MASP, na Avenida Paulista e encerrando na frente da SEDUC, na Praça da República, em defesa da vida, contra a reabertura das aulas presenciais na pandemia e pela vacinação já. Havia também faixas contra o confisco nos salários dos aposentados e pensionistas.
Durante a carreata a população saudou os participantes, demonstrando apoio à iniciativa, que visa preservar a saúde e a vida de professores, estudantes, funcionários e de suas famílias, pois o momento é de agravamento da pandemia.
Assembleia regionalizada deliberará sobre greve em defesa da vida a partir de 8/2
As subsedes estão realizando reuniões de representantes e no dia 5/2 a assembleia regionalizada debaterá a deflagração da greve a partir de 8/2, caso o secretário insista em reabrir as escolas. Para proteger a vida, as aulas e atividades devem ser realizados de forma remota.
Negacionismo genocida
Em suas entrevistas aos meios de comunicação, o secretário vem incorrendo em contradições e desinformação para justificar sua intransigência com a irresponsável volta às aulas nas escolas paulistas.
O secretário exerce o pior tipo de negacionismo, que parte de uma pessoa que tem poder para impedir uma enorme taxa de progressão dos contágios, adoecimento e, inclusive, mortes pela Covid-19.
Alegar que as escolas possuem baixo índice de contaminação é desconhecer que a volta às aulas implicará no deslocamento simultâneo de milhões de pessoas em transportes coletivos, assim como as deficiências estruturais das unidades escolares, apenas “maquiadas” por reformas superficiais.
Estado reconhece vulnerabilidade dos profissionais da educação, mas os envia para as escolas sem vacina
Entre tantas outras, o secretário se contradiz quanto à vacinação. Se, como ele diz, os professores foram incluídos no grupo prioritário de vacinação, é porque o Estado reconhece sua vulnerabilidade à pandemia. Diferentemente dos profissionais da saúde, que precisam estar em trabalho presencial para salvar vidas, está demonstrado que professores e funcionários das escolas, além do quadro de suporte pedagógico, podem realizar seu trabalho de forma remota. Por que então arriscar suas vidas? Para vencer uma disputa com o Sindicato? Quanta irresponsabilidade!
Fonte: APEOESP (Informa Urgente 18/2021)